O trabalho da FGL e sua relação com a ODS 8 – Trabalho Decente e Crescimento Econômico; e ODS 10 – Redução das Desigualdades
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Em setembro de 2015, durante a Rio+20, foi aprovado pelas Nações Unidas o documento da Agenda 2030, que propõe 17 Objetivos para um Desenvolvimento Sustentável (ODSs). São metas que pretendem um mundo mais justo para todos.
Os ODSs são planos de ação que apresentam propostas através de uma visão integrada da sociedade, e que passam a estar presentes em nosso dia a dia, incorporados na educação, na política, na saúde pública, etc.
A ODS 8 – Trabalho Decente e Crescimento Econômico propõe, entre outros pontos, que os jovens tenham real oportunidades no mercado de trabalho, a erradicação de trabalhos forçados, a garantia que os empregos gerados terão remunerações justas e, claro, a proteção de direitos trabalhistas. Tudo isso em contexto de crescimento econômico sustentável.
Já a ODS 10, Redução das Desigualdades, planeja, entre outras diretrizes, empoderar e promover a inclusão social, econômica e política de todos, independentemente de idade, gênero, deficiência, raça, etnia, origem, religião, condição econômica ou outra; Além de garantir a igualdade de oportunidades e reduzir as desigualdades.
Mas como podemos pensar isso na prática?
Muito já foi teorizado sobre o quanto as ODSs então interligadas, o quanto a sociedade precisa se enxergar de forma global. Não há como resolver o problema da fome sem erradicar a pobreza, ou como enxergar a educação de qualidade sem direcionar o olhar para a igualdade de gênero.
Dessa maneira, destacamos o quanto a dinâmica da Gol de Letra se comunica com as ODSs, especialmente pela sua proposta de Educação Integral, que visa uma educação que promove pontes entre o conhecimento, conexões que viabilizam o senso crítico e coletivo, enfim, a promoção de autonomias em territórios tão socialmente vulneráveis, como os que atuamos.
Nosso trabalho começa na infância, com a aplicação da metodologia da Fundação no processo de aprendizagens esportivas, convívio social e de diversas oficinas de letramento, ações na biblioteca, eventos de lazer, etc.
Na adolescência, além dos projetos tradicionais, acontecem as monitorias. Para aqueles que têm interesse em se aprofundar na Gol de Letra, há a oportunidade de dar suporte aos educadores durante algumas horas por semana, recebendo uma bolsa-auxílio, o que colabora não só para que esses indivíduos se vejam como membros ativos, mas também para que passem a apoiar financeiramente suas famílias.
Para fechar o nosso ciclo, temos os projetos de juventude, que visam a qualificação profissional em diversas áreas e a inserção desses no mercado de trabalho.
Completamos 24 anos com projetos que vão além do que poderíamos mensurar. Se nossa história é marcada por atividades lúdicas que desenvolvem o senso crítico, programas que articulam o protagonismo juvenil, formações que proporcionam qualificação profissional e o reconhecimento da educação e do trabalho como meios de melhoria da qualidade de vida, é porque a Gol de Letra está comprometida com um projeto que prevê a emancipação de gerações, que por muito tempo fizeram parte das estatísticas mais desiguais que o Brasil conhece, mas que, com o apoio todos, poderemos seguir por mais quantos quartos de século forem necessários. Feliz de quem participa!
Ligia Lins – Analista de Desenvolvimento Institucional
Referências
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 25ª ed. São Paulo: Paz e Terra, 2002.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular.