PROGRAMA JOGO ABERTO SÃO PAULO

Se o assunto é esporte, lazer e convivência o lugar é aqui! Futsal, skate, tchoukball, vôlei, capoeira são apenas algumas das 15 modalidades esportivas do Jogo Aberto, realizado na Vila Albertina, em São Paulo. O programa tem como objetivo contribuir para a educação integral de crianças, adolescentes e jovens, de 8 a 20 anos, por meio de aprendizagens esportivas, educacionais e de convívio social, que envolvam suas famílias e outros atores, como escolas públicas e moradores da região da Vila Albertina, bairro localizado na Zona Norte da capital paulista.

As atividades aconteceram em sete locais diferentes: Núcleo de Esporte e Desenvolvimento (NED), sede da Fundação Gol de Letra e nas cinco escolas públicas parceiras, além dos espaços públicos ocupados pelos diversos eventos realizados. Em 2015 foram formadas 35 turmas de atividades esportivas regulares. Nas escolas públicas parceiras foram 16 turmas com atividades no contraturno escolar. Neste caso, a equipe de educadores da Gol de Letra vai até as escolas para realizar práticas educativas e esportivas dentro da metodologia Gol de Letra para alunos regularmente matriculados na instituição de ensino.

Algumas novidades marcaram o ano, como as turmas destinadas aos adultos, promovendo o fortalecimento da cultura esportiva na comunidade. Foram quatro turmas noturnas nas modalidades de ginástica, capoeira e caminhada. A Rua de Lazer itinerante, as Caminhadas temáticas e o fortalecimento das ações nas escolas públicas mostraram o amadurecimento das ações desenvolvidas e a confiança da comunidade. Um desafio que ainda se coloca é a frequência nas atividades, que ainda é maior entre os educandos das escolas.

O programa conta ainda com a participação de monitores esportivos, jovens da comunidade que durante dois anos recebem uma formação para atuarem junto aos educadores nas atividades, paralelamente a uma formação pessoal e cidadã, que abrange temas diversos de interesse da juventude. O objetivo é que eles se tornem multiplicadores de atitudes, conhecimentos e boas práticas. Sete jovens concluíram o período de dois anos de formação de monitores em 2015, com projeto final executado em escolas próximas à Fundação Gol de Letra.

O envolvimento com as famílias aborda questões de formação e informação, com temas trabalhados por meio de reuniões mensais, dinâmicas, palestras e diálogos regulares. Além disso, são realizadas algumas ações que promovem a atividade física em família, estratégia utilizada para aproximar as crianças e adolescentes e seus responsáveis.

Por acreditar que o fortalecimento de uma cultura esportiva contribui para o desenvolvimento comunitário, a Fundação Gol de Letra promove e incentiva atividades recreativas e de lazer abertas para toda a comunidade. Aos sábados e à noite, abrimos nossos espaços e oferecemos atividades esportivas e recreativas para todas as idades. O público pode escolher o que fazer e circular livremente pelos espaços. Para envolver ainda mais e atingir o maior número de moradores, são realizados eventos como Ruas de Lazer e Caminhadas, como uma importante estratégia de ocupação de espaços públicos.

Jogos de Integração:
Evento iniciado no Rio de Janeiro, foi realizado pela primeira vez em São Paulo, com a participação de 12 instituições (escolas, organizações e grupos locais e Fundação Gol de Letra), com 360 inscritos e 262 participantes.

Voltinha Jogo Aberto:
Destinada às crianças a partir de 7 anos, a “voltinha” surgiu da demanda do grupo participante das caminhadas. Trata-se de uma caminhada com percurso reduzido e um circuito lúdico no final.

Aulas de Esporte para adultos, corrida e caminhada:
Devido a uma demanda da própria comunidade por atividades destinadas ao público adulto, foram criadas quatro turmas, com aulas de capoeira, ginástica, corrida
e caminhada.

Nova Modalidade: skate.
A modalidade foi inserida como piloto e teve uma boa aceitação, passando a fazer parte da grade fixa.

Dia da Família:
Evento para reunir a família e praticar atividade física. Crianças, adolescentes e seus responsáveis brincaram e praticaram algumas modalidades em espaços públicos. Além da prática, puderam se apropriar de espaços de lazer como o Horto Florestal e Parque Ibirapuera.

Oficinas:
Partindo do tema anual trabalhado no programa, "Esportes Radicais e de Aventura", foram realizadas quatro oficinas de circuito radical e rapel para os participantes das atividades esportivas.

"Gostei muito de ter entrado na capoeira esse ano. Eu sempre tive vontade de fazer, porém só esse ano realmente tomei uma atitude. Estou achando fascinante e a cada dia sinto que me agrega valores grandiosos! Cada golpe tem seu fundamento e carrega uma historia riquíssima, que por sinal é tão pouco falada atualmente. Apesar de algumas dificuldades que tive, eu jamais pensei em desistir e sim em enfrentar os obstáculos. Isso graças ao nosso educador, que mais do que capoeira ensinou também o quão é importante respeitar e cuidar do próximo, e trouxe conhecimentos que vamos levar para toda vida."

Karen Nayara S. Silva, 14 anos, 6 meses na capoeira

 

"A Fundação Gol de Letra ampliou meu jeito de enxergar os esportes, porque antes de virar monitor eu não sabia o que eu queria direito. Eu gostava muito de esportes mas praticava só futebol e quando virei monitor comecei a conhecer mais modalidades. Então eu percebi que esporte é mais legal quando brincamos e todos se divertem. Também vi que podemos adaptar a mesma atividade de várias formas pra incluir todos na brincadeira. Enfim, sendo monitor eu já sei que quero ser professor de Educação Física.”

Jorge Luiz Silva, 17 anos, 1 ano como monitor

 

“Comecei com as aulas de ginástica sem muita pretensão, pois eu era o único homem numa turma de cerca de 10 mulheres. Pensei que não iria aguentar nem um mês nessa atividade. Foi aí que eu me surpreendi, pois a professora sempre trabalhava movimentos e atividades diferenciadas nas aulas. Esqueci dos meus limites pessoais e estou gostando muito.”

Eduardo Luiz de Freitas, 35 anos, morador do bairro e participante da ginástica

 

“Depois que o Gabriel começou a frequentar o Jogo Aberto ele melhorou muito na escola. É muito emocionante para um pai, ouvir na reunião da escola que seu filho está com boas notas, comportamento e aproveitamento”.

Valdeney Lemes, pai de Gabriel de Andrade Oliveira Lemes,
11 anos, 6º ano Ensino Fundamental II