PROGRAMA comunidades SÃO PAULO

A movimentação de atividades na Vila Albertina, na zona norte de São Paulo, favorece o desenvolvimento comunitário, o protagonismo dos moradores e consolida uma cultura de paz e convivência. Tudo isso
por meio dos projetos Arredores, Sexualidade em Ação e Formação de Agentes Sociais, eixos de atuação do Programa Comunidades em
São Paulo.

O Projeto Formação de Agentes Sociais capacitou mulheres moradoras da comunidade para atuarem como multiplicadoras de conhecimentos e práticas nas temáticas relacionadas à garantia de direitos, empoderamento feminino, fortalecimento de vínculos, processos democráticos, saúde, direitos sexuais e reprodutivos, entre outros. Como destaque, em 2015 o grupo de Agentes Sociais passou a atuar em conjunto com a equipe do programa esportivo Jogo Aberto, ajudando no planejamento e execução de atividades abertas à comunidade.

Apropriar-se das características, problemáticas e potencialidades da realidade a sua volta, estabelecer uma visão crítica sobre o seu cotidiano e o contexto sócio-cultural, promover a cultura democrática e de mediação de conflitos, e propor ações de intervenção direta buscando uma mudança social, são ações que fazem parte do processo de formação das Agentes Sociais.

Focado no desenvolvimento comunitário, o projeto Arredores articula ações com parceiros locais, oferecendo serviços e informações para a comunidade. Uma dessas ações é a parceria com o CIEE (Centro Integrado Empresa e Escola), na qual a Fundação Gol de Letra desenvolve um trabalho de Alfabetização de Jovens e Adultos (EJA) da comunidade. A turma contou com 20 alunos. Outra iniciativa foi a ação de incentivo à leitura, no Dia Nacional do Livro, 29 de outubro. A Gol de Letra desenvolveu atividades para os alunos da Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Izac Silvério. Foram distribuídos 380 kits de livros infanto-juvenis para os alunos e 180 livros para professores e equipe escolar. Essa atividade foi realizada em parceria com a Rede Social Zona Norte, que organizou também a distribuição de livros em duas estações de Metrô da região.

O projeto Sexualidade em Ação aborda os direitos sexuais e reprodutivos, saúde sexual e reprodutiva, equidade de gênero e diversidade. Favorece aos adolescentes e jovens um espaço de discussão sobre essas questões por meio de vivências, dinâmicas, jogos, trazendo à tona conceitos importantes como gênero, prevenção de DSTs, garantia de direitos, entre outros.

346
atendimentos diretos

10
agentes sociais

116
adolescentes e jovens atendidos no Projeto Sexualidade na FGL

200
adolescentes e jovens atendidos no Projeto Sexualidade nas Escolas

20
alunos da Educação de Jovens e Adultos – EJA

1038
atendimentos indiretos

2240
participantes em Eventos

  • Grito de Carnaval na Vila Albertina
  • Dia da Família na Escola - EMEF João Ramos Pernambuco Abolicionista
  • Oficina de Cabelos Afro
  • Cidadania na Comunidade
  • 1ª Encontro sobre Saúde e Comunidade
  • Festival Entretodos de Curtas Metragens em Direitos Humanos
  • Campanha 18 de Maio - Dia Nacional de Combate à Exploração Sexual de Crianças

“Ser agente social é muito importante. Aprendi a refletir sobre minha vida, pensar em ir além do que eu achava que poderia. Sempre há dois lados de uma ponte e podemos ir aonde quisermos, estudando, planejando, correndo atrás dos nossos objetivos e sabendo que não há ninguém que possa nos parar, só nós mesmos. Pois sonhar é possível, mas realizar é uma conquista de superarmos o impossível”.

Deyse Gonçalves, 30 anos, Agente Social

 

“Foi muito gratificante e estimulante participar do Projeto de Formação de Agentes Sociais. A metodologia participativa utilizada propiciou um clima de confiança, troca e debate. Observamos que as agentes sociais, no decorrer do curso, foram relacionando experiências próprias com os assuntos tratados e fazendo conexões com outros temas já abordados. Enfim, foram desenvolvendo maior consciência crítica e questionadora. Essa mudança de comportamento e atitude pôde ser observada na apresentação do Projeto de Intervenção. Elas se envolveram no processo de co-criação e estavam muito orgulhosas do resultado. Fomos positivamente surpreendidos com esse projeto que refletiu uma mudança interna e profunda em cada uma das agentes sociais, que finalizaram a formação com uma postura mais ativa e independente, prontas para multiplicar”.

Cynthia Krahenbul, Educadora da Organização Associação Bê-a-bá do Cidadão.

 

“A oficina de sexualidade me ajudou a ver o quanto é importante perceber que, por mais que saibamos, sempre temos alguma dúvida. Vimos assuntos interessantes como a diversidade e o preconceito, que infelizmente está no nosso dia a dia, nas mínimas coisas que falamos ou fazemos. Com isso, aprendi a prestar mais atenção ao meu redor.

Vanessa Rodrigues Araujo, 19 anos, Jovem Monitora

 

Estou na escola há pouco tempo, mas já aprendi muita coisa. Estou lendo e até escrevendo e falando melhor. Eu não queria nada com a vida, mas agora não fico mais na frente da TV. A professora Alessandra é muito legal, ajuda a gente com tudo e tem muita paciência. Ela faz com que o aluno fique à vontade e queira vir à escola, pois cada dia é uma aula diferente. A professora ensina brincando e a gente não vê as horas passarem. A aula de matemática, por exemplo, não dá dor de cabeça, porque é legal. Eu já perdi muitas oportunidades de trabalho porque não sabia ler e escrever direito, agora eu sei que precisamos dos estudos.

Marlene Vitoriano, aluna do EJA – Educação de Jovens e Adultos