Projeto Gol pela igualdade

Depois de participar de uma votação mundial com projetos do mundo todo, o projeto Gol pela Igualdade, da Fundação Gol de Letra, foi uma das seis iniciativas escolhidas pelo programa Cityzens Giving, do Manchester City FC, que apoia ações sociais que utilizam o futebol como ferramenta de transformação.

Assim, o projeto teve início em 2016 com a importante missão de trabalhar a equidade de gênero por meio do futebol e incentivar meninas e jovens mulheres à prática esportiva. As atividades são realizadas com participantes do programa Jogo Aberto SP e com a comunidade da Vila Albertina e região.

Além das atividades e discussões sobre a temática em quadra, o projeto inclui oficinas e capacitações para jovens monitores e profissionais da Gol de Letra, a fim de que tenham uma atuação cotidiana pautada na igualdade de gênero e no fortalecimento das meninas para que se sintam capazes de atuar em todos os campos da vida social.

Uma das premissas do projeto é usar a força mobilizadora e o protagonismo juvenil para atuarem em prol da causa em questão. Por isso, o Manchester City FC promove, na Inglaterra, um encontro de empoderamento de jovens líderes com a participação de representantes de todos os projetos apoiados pela City Football Foundation

Em junho, dois jovens da Gol de Letra viajaram para Manchester, para participar da Cúpula Global de Jovens Líderes. Ao todo, 30 jovens de diversos países, se reuniram em atividades de capacitação, treinamento, integração e práticas, realizadas na City Football Academy. O objetivo do encontro foi o desenvolvimento de habilidades, autoconfiança e redes de relacionamento a fim de transformar suas comunidades locais.

Os jovens puderam interagir com colegas de organizações dos Estados Unidos, Austrália, África do Sul, Malásia, Colômbia e Índia, além da equipe de profissionais e até do time feminino principal do Manchester City.

De volta ao Brasil, os participantes tiveram a missão de planejar, organizar e executar uma atividade na comunidade onde moram para o Dia Internacional da Juventude, celebrado em 12 de agosto. Eles escolheram apresentar para meninos e meninas da Vila Albertina a oficina de Futebol 3, modalidade na qual os jogadores negociam e definem as próprias regras e jogam sem a presença de um juiz.

O momento mais marcante do projeto, no entanto, foi o Festival Gol pela Igualdade, campeonato de futsal feminino realizado com times do bairro e da região. Realizado em setembro, o festival juntou cerca de 480 pessoas e 20 times femininos para a prática da modalidade. Colocando em prática os aprendizados e o protagonismo juvenil, a mobilização dos times e o planejamento do evento ficou por conta da equipe de jovens monitores da Fundação.

“Todos aproveitaram bastante. Tivemos um treinamento teórico e prático de como conduzir uma atividade e agir como um líder. Nosso grupo colocou a mão na massa, produziu, se arriscou, propôs ideias, testou novas possibilidades e compartilhou experiências com outros países. E um detalhe: lá até a grama é azul (principal cor do time)”.

Josiane Espinosa, educadora de esportes da Fundação Gol de Letra SP

“Foi incrível, mudou meu pensamento sobre tudo. A convivência com pessoas que falam outras línguas, de outras culturas, foi o que mais me chamou atenção. No começo, ficamos inseguros por conta disso. Depois começamos a despertar para o nosso potencial e o incentivo dos outros ajudou muito. A partir daí ficou legal, todo mundo vinha falar com a gente e ouvir a nossa opinião e ajudar a gente a se comunicar”.

Letícia Mattos, jovem monitora do Programa Jogo Aberto SP