Programa de jovens sP

Contribuir, em parceria com escolas públicas, para o desenvolvimento integral de adolescentes e jovens, fortalecendo sua identidade e autoestima é o principal objetivo do Programa de Jovens, da Fundação Gol de Letra. Para isso, oficinas de audiovisual, graffiti, teatro e capacitação para o mundo do trabalho são oferecidas a jovens com idade entre 14 e 21 anos, de escolas públicas da região da Vila Albertina, Zona Norte de São Paulo.

O Programa de Jovens é dividido em dois eixos: Arte e Comunicação, em que os adolescentes e jovens tiveram 75% de frequência satisfatória, em 2016; e Rumo à Empregabilidade, que teve frequência satisfatória ainda melhor: 88%.

No eixo Arte e Comunicação foram desenvolvidas oficinas de graffiti, audiovisual e teatro, no contraturno das escolas estaduais Doutor Alberto Cardoso de Mello Neto e Professor Leônidas Paiva. As atividades são voltadas para o desenvolvimento do senso crítico e da capacidade de expressão, utilizando linguagens artísticas e de comunicação.

Já o eixo Rumo à Empregabilidade desenvolve parcerias para realização de projetos de formação e preparação para o trabalho. Os cursos e oficinas são realizados em conjunto com empresas e organizações ou com a própria metodologia da Fundação Gol de Letra. Em 2016, foram realizadas três oficinas: Iniciação à Marcenaria, em parceria com a Leroy Merlin; Panificação, Confeitaria e Chocolate, oferecida pela Puratos do Brasil e Formação Básica para o Mundo do Trabalho, com a Starbucks Brasil.

O ano de 2016 marcou a finalização do 1º curso de Panificação, Confeitaria e Chocolate, realizado em parceria com a Puratos e ministrado pelo SENAI Barra Funda. Jovens da Vila Albertina e região tiveram a oportunidade de se qualificar na área, com 828 horas/aula de aprendizados teóricos e práticos e certificado profissionalizante ao final do curso. Dez jovens concluíram a formação, que durou aproximadamente dois anos, e todos foram inseridos no mercado de trabalho formal, a maioria em sua primeira experiência profissional.

Atividades complementares às oficinas regulares também fizeram parte da programação oferecida aos jovens, tais como: participação no Intercâmbio França-Brasil; passeios e atividades externas (exposições, Feira do Estudante, visitas a empresas, entre outras); monitoria no Festival Internacional de Documentários 2016 e na 40ª Mostra Internacional de Cinema; ações de graffiti, audiovisual, teatro e marcenaria durante o Festival Gol pela Igualdade e a Semana da Cidadania, em conjunto com os programas Jogo Aberto e Comunidades.

“O passeio à fábrica da Puratos foi uma experiência surpreendente pois tive a oportunidade de conhecer como funcionam os procedimentos para a criação dos produtos que usamos em aula. Realmente é algo super detalhado e cuidadoso para que clientes tenham produtos de alta qualidade. Depois dessa visita, só consigo ter a certeza sobre qual área profissional seguir. Quero agradecer pela oportunidade que me deram de conhecer esse outro lado da Puratos e, principalmente, pelo curso fornecido por vocês. Obrigado pelos profissionais que nos receberam, todos de uma simpatia e paciência excelentes para solucionar nossas dúvidas”.

Anderson S. Xavier, 18 anos, participante do curso de Panificação, Confeitaria e Chocolate

“No graffiti eu aprendi a fazer desenhos maiores, ter mais noção sobre o mundo do graffiti e como usar os materiais, ter mais ideias para meus desenhos. Está sendo divertido, mas queria aprender mais sobre as letras e saber como faz traço fino. Eu aprendi a diferença entre o graffiti e a pichação e fiz mais amigos”.

Joel Jorge Rivera Pinto, 14 anos, participante da oficina de Graffiti

“No curso eu aprendi muitas coisas. Tivemos aulas teóricas e práticas, e aprendemos os nomes e tipos de madeira e como se usa os objetos e máquinas. Na aula teórica, aprendi a fazer plantas e mexer com números para, assim, poder fazer alguns objetos como estojos e mini cômodas. Eu acho que evolui, pois a cada oficina era mais um aprendizado e novos conhecimentos. Sem dizer que aprendemos a trabalhar em equipe”.

Ester Rocha Silva, 17 anos, participante da oficina de Iniciação à Marcenaria

“Aprendi nomes técnicos de equipamentos que eu nem sabia que existiam e aprendi a usá-los também. Aprendi as funções de muitas ferramentas e suas utilidades em uma das peças construídas ao longo do curso. Aprendi o significado de trabalho em equipe, respeito ao próximo, parceria, união, compreensão e amizade. Gostei de ter feito novas amizades e ter conhecido pessoas que, em sua maioria, estudam comigo há bastante tempo e eu não tinha conversado”.

Aryane Roberta, 17 anos, participante da oficina de Iniciação à Marcenaria