A Fundação Gol de Letra realizou, no dia 1º de outubro, o já tradicional Encontro com Investidores Sociais de São Paulo. O evento tem como objetivo debater um tema importante para a sociedade e apresentar às empresas parceiras e prospects as soluções da Gol de Letra.

Este ano, o tema do encontro foi “Juventudes: Desafios e Oportunidades”. O gancho para o debate foi um diagnóstico ainda em construção sobre os jovens da Vila Albertina (SP), realizado pelo Lab Experimental. A ideia é descobrir o que os jovens pensam e precisam para um futuro melhor, e pautar novos projetos na Fundação a partir do resultado.

Durante a recepção, foram entregues aos parceiros atuais as placas e troféus de homenagem, além de um delicioso café feito pela Padaria João Bosco.

O evento começou com uma breve fala de Eric Klug, diretor executivo do Museu do Futebol, onde o encontro foi realizado. Em sua fala, ele enfatizou o poder do futebol – e do esporte, como um todo – para realizar grandes mudanças na sociedade.

Em seguida, os monitores do Programa de Jovens realizaram uma apresentação de Cordel contando a história da Gol de Letra, desde sua Fundação até o momento, passando pelos principais programas e projetos da instituição.

Dois desses monitores tiveram ainda a oportunidade de entrevistar o Raí, cofundador e presidente do Conselho Consultivo da Fundação Gol de Letra. Durante a conversa, Raí falou dos motivos que levaram ele e Leonardo a criar uma ONG, dos resultados vistos com os projetos, a sistematização da metodologia Gol de Letra e sua disseminação para outras localidades.

Deu-se início, então, ao debate sobre juventudes. A mediadora do painel foi a coordenadora do Programa de Jovens, Cristiane Narciso. Ela chamou ao palco os palestrantes Joyana de Castro, do Lab Experimental; Mônica Franco, do CENPEC; e Kadu Braga, especialista em Educação e Cultura Maker.

Jonaya deu início à sua fala mostrando uma prévia do diagnóstico que está sendo realizado na Vila Albertina. Entre os principais pontos citados, Joyana mostrou como os jovens da Vila se sentem ao mesmo tempo ansiosos e desesperançosos em relação ao primeiro emprego.

A saúde mental dos jovens também chamou atenção dos pesquisadores. Enquanto a consulta com profissionais de educação mostrou uma preocupação com a alta taxa de alunos com depressão, os próprios jovens se mostraram pressionados a seguir um padrão constantemente ostentado nas redes sociais que envolve muitas festas, bebida e drogas.

Mônica Franco, diretora executiva do Cenpec, trouxe ao debate diversas pesquisas realizadas pela instituição, e focou sua fala em uma delas, sobre jovens em cumprimento de medidas socioeducativas. Segundo a diretora, é alto o índice de jovens que cometem algum delito dentro de um ano após abandonar os estudos.

Kadu Braga finalizou as apresentações falando sobre o futuro das profissões. Segundo o palestrante, 60% dos estudantes estão em carreiras que se tornarão obsoletas nos próximos 15 anos.

Diante deste cenário, a principal função da educação seria mediar o processo de aprendizagem dos alunos, adaptando seu currículo para ensinar análise crítica da mídia (ler), fluência digital e autoexpressão (escrever) e cidadania digital (participar). Fundamentos muito parecidos com a metodologia Gol de Letra de aprender, conviver e multiplicar 😉

Por fim, o diretor da Fundação Gol de Letra, Sostenes Oliveira, apresentou os programas e projetos da instituição que estão abertos para captação de recursos via leis de incentivo.

O encontro terminou com uma divertidíssima apresentação de dança dos alunos do Programa de Jovens. A coreografia animada levou até a platéia a dançar!

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