Gol de Letra fecha parceria com Comitê Paralímpico Brasileiro
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A Fundação Gol de Letra dedicou boa parte do mês de agosto e setembro às atividades paralímpicas, em alusão aos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020. Nossos atletas trouxeram 72 medalhas para o Brasil e levaram o país ao sétimo lugar no ranking mundial.
A experiência foi tão boa que a Gol de Letra pretende dar continuidade às atividades paralímpicas para além dos jogos, a cada quatro anos. No último dia 8 de setembro, a Fundação recebeu o coordenador do programa Educação Paralímpica Brasileira e membro do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), David Farias Costa, para oficializar uma parceria com o CPB.
“O nosso sonho, num cenário ideal, é poder oferecer pelo menos uma modalidade paralímpica na nossa grade de atividades, para atender à população PCD da Vila Albertina”, explica Eduardo Brunello, analista do Programa Jogo Aberto na Vila.
David, que tem deficiência visual congênita, é pedagogo e ex-paratleta profissional, falou da parceria. “Precisamos ser transformadores. Quem não veio para servir, não serve para viver. O acolhimento e o afeto é o que nos move, é isso que a população PCD quer”.
Ele conheceu o centro esportivo da Fundação na Vila Albertina, o Núcleo de Esporte e Desenvolvimento (NED), avaliou o espaço e deu dicas de adaptação da quadra para alguns esportes paralímpicos.
Mas isso é conversa para o futuro. A princípio, a parceria com o Comitê pretende tratar da formação em modalidades paralímpicas para a equipe de educadores da Gol de Letra e também para os monitores esportivos, que são jovens líderes da comunidade. “O começo é fazer o curso de movimento paralímpico, que pode ser feito por qualquer pessoa. É um curso básico que contempla a história do desporte paralímpico, políticas públicas para PCDs e algumas modalidades esportivas adaptadas”, explica David.
Cursos mais avançados também estão no radar – estes apenas para a equipe de profissionais de educação física da Fundação, pois tratam da classificação e elegibilidade de paratletas e habilitação técnica específica em cada modalidade paralímpica.
Também foi discutida a possibilidade de se trazer profissionais do CPB para realizar oficinas práticas com a equipe da instituição e de escolas parceiras onde a Fundação atua, além de levar a equipe do Lazer na Vila até as atividades do CPB nos fins de semana para vivências esportivas adaptadas.
A Gol de Letra trabalha atualmente e já trabalhou no passado com uma amostra diversa de atendidos PCD. São Crianças dentro do aspecto autista, com nanismo, surdez e cadeirantes que praticam atividades entre as modalidades esportivas tradicionais. “São poucos, mas sabemos que a Vila Albertina tem mais pessoas com deficiência que poderiam ser atendidas pelas nossas atividades, e queremos nos capacitar para recebe-los da melhor forma”, complementa Eduardo.